Começo a escrever esse post sem ter a menor idéia do título que devo dar. Hoje, conversando com uma amiga (Bél) sobre vestibular, um assunto que eu sei que esta pertubando muitas amigas(os) esse ano. Eu? Sim, deveria estar absolutamente preocupada e nervosa e ah, chega, isso não vai me ajudar na hora "H". Esses dias eu tenho me sentido extremamente desligada sobre a realidade que eu vou ter, como trabalho. Que? Eu? Trabalhar? A fase de mamãe e papai trabalhando acabou, ta na hora de crescer e aprender a ter responsabilidade pra isso. Filhos? Sim, um dia virão e o que eu farei? A educação dele vai se refletir por toda a sua vida e eu tenho medo, muito medo de não poder dar base pra isso. De falhar como mãe. Porque eu já vi diferentes tipos de mães, tem as que cuidam, as que não estão nem aí, as que tentam mas o filho não deixa e por aí vai. Eu queria ser uma mãe ideal(como todas querem), pra que meu filho(a) pudesse contar comigo em todas as horas, mas também não quero privar ele de aprender as coisas, mesmo que sofrendo, porque eu sofri pra aprender, mas aprendi. Quero poder olhar pra minha vida com um sorriso e adivinha só, é hoje, agora que eu vou decidir o que fazer. A escolha é a coisa mais difícil pro ser humano, porque você vai abrir mão de tantas outras com cada uma delas. A primeira profissão que eu quis ter foi de ser gari (não desmerecendo aqui essa profissão, porque é de se admirar pra manter as ruas limpas), mas a primeira coisa que minha mãe fez foi rir, afinal, eu tinha uns 3 anos e só quis ser porque gostava de varrer com o meu kit de limpeza (que ela teve que esconder pela minha alergia). O caso é que cada um pensa numa profissão como jogador de futebol, atriz, modelo, tudo que tenha fama, e eu escolhi ser gari simplesmente. Depois escolhi cozinheira e aí chegamos a parte da ambição, cantora, porque eu comecei a descobrir minha voz no coral e com tantos elogios a idéia vem a mente, mas não era o que eu queria, não me via ali, atrás de um microfone cantando. Com 7 anos eu ganhei meu primeiro computador, fiquei encantada, quem não ficaria? Joguei muitos joguinhos, fiz umas besteirinhas, mas logo descobri como funcionava. Minha tia dizia que eu ia quebrar ele assim como meus brinquedos, mas minha avó confiou ele a mim e disse que eu ia cuidar e foi o que eu fiz, não a decepcionei. Com o tempo é claro, o computador foi ficando ultrapassado e eu fui montando as peças pra melhorar, fui aprendendo com ele e com os técnicos. Percebi que queria ser técnica quando me toquei o quanto eu ficava feliz em mexer no pc, em descobrir coisas sobre e aprender mais e mais. Quando não sei uma coisa sobre eu faço questão de descobrir e mesmo sem querer me envolvi com exercícios de lógica, que viraram um hobby interessante meu, realmente não sossego enquanto não faço um. Nesse meio tempo veio um outro gosto, ler. Minha melhor amiga de infância (Amanda) me levou pra ver o filme Harry Potter e a Pedra Filosofal. Me encantei pela história e simplesmente viciei, tinha tudo sobre e ainda tenho, o caso é que me fez ler os livros, quando fiz isso me despertou o interesse de ler livros ainda maiores, porque antes quando eu via tinha preguiça, dizia não. Eu admiro a JK por isso, por ter me dado novamente o gosto de leitura. Porque to contando isso? Hoje mais cedo eu li a respeito da matéria que eu desejo prestar vestibular, Ciência da Computação e lá estava "precisa gostar de lógica, gostar de ler e especialmente respirar informática" eu simplesmente pensei: "meu deus, fizeram uma matéria especialmente pra mim.". Sei que muitos não tem essa escolha na mente, na ponta da língua mas eu tive e eu agradeço por ter tido essa escolha, não me vejo agora como outra coisa, talvez, escritora, mas aí já é outro sonho de escrever um livro. Nunca se sabe...Boas histórias eu tenho pra contar, não é bebê? :)
Várias coisas me levaram a chegar aqui hoje e eu agradeço por todas terem acontecido, chegou a hora, mesmo que eu não queira, mas chegou a hora de crescer e provar que posso me virar sozinha pro mundo. 16 anos, quem disse que seria fácil? Ou que qualquer idade é? Já sinto falta da minha infância, mas esse é o gostoso da vida, ver que tudo que passou pra trás nem foi tão ruim assim. Sei que vou sentir falta da escola, da irresponsabilidade, mas comecei a ficar ansiosa pra entrar na faculdade, quer dizer, novas coisas, novas matérias, vou aprender e sair de lá sabendo tudo que eu sempre quis saber sobre pcs. Sinto que esse ano vai ser ainda melhor que ano passado, vai ser um ano de descobertas e recomeços. E isso eu quero dizer em tudo mesmo. Vou estudar. Vou conseguir. Vou tentar. É isso que importa, não é? Nunca desistir. Agora sei qual título dar.
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